sexta-feira, 21 de abril de 2017

Ele estava novamente a fumar um cigarro encostado à parede de onde via a árvore que gritou e a mesma que fez com que aquela mulher durante dois dias seguidos lhe pedisse um cigarro. 
Estava a fumar. Prestes a entrar no tempo limite do seu horário, do seu compromisso. Enquanto fumava ia olhando para as inúmeras pessoas que passavam. Fixou o olhar num casal. Ela tinha uma garrafa de água de plástico vazia nas mãos, percebia-se que estava incomodada com aquele objecto, não sabia muito bem como o segurar, aquilo incomodava-a. Ele, um homem, que ia ao lado dela, arrancou-lhe a garrafa das mãos, ela ficou tensa, ele riu-se e dirigiu-se ao pequeno canteiro da árvore gritante e com o riso alargado deitou a garrafa para o mesmo. 
Ele continuava encostado à parede,ficou a olhar para a árvore e num gesto com uma intensão não moralista, pois foi assim que sentiu avançar o seu corpo até à árvore, agarrou na garrafa e deitou-a para o lixo. 
Entrou para enfrentrar a massa de gente que o esperava no local do seu compromisso. 
O limite do horário chegara ao fim.  

{Apontamento 8.}


Este texto começa na falha. Deveria começar na falha. Talvez não devesse sequer começar. Mas já começou e irá arrastar-se até não ter mais p...